Como escolher, montar e cuidar: tudo sobre jardim vertical

Se você olha para os lados e só encontra prédios, concreto e cores sóbrias, é bem provável que esteja sentindo falta de contato com a natureza. Ou, quem sabe, esteja na hora de trazer o verde da área externa da casa ainda mais para perto. Em qualquer uma das situações, um jardim vertical é uma ótima pedida, seja em uma combinação super charmosa de vasinhos coloridos e seus temperos favoritos, ou na forma de uma elegante parede viva que cobre do chão ao teto.

Uma das melhores opções para quem não tem espaço para uma horta ou jardim, os jardins verticais também já fazem parte da decoração de restaurantes e até da facha de prédios com uma pegada sustentável. E para trazer esse elemento para dentro de casa, é preciso ter alguma habilidade no manejo das plantas e alguns cuidados na montagem.

Para entender melhor como um jardim vertical funciona, confira o guia abaixo!

1. Definir o local

Quando você souber onde ficará seu jardim vertical, e quais são as características do local – como a iluminação e a quantidade de vento – é que será possível definir quais são as plantas adequadas, e que tipo de suporte elas necessitam.

 

2. Escolher as espécies

Se o jardim irá receber sol forte e iluminação direta, é recomendado optar por espécies como aspargo-pluma, barba-de-serpente, brilhantina, colar-de-pérolas, clorofito, flor-canhota, flor-de-coral, hera-inglesa, jibóia, lambari-roco e orquídea-grapete. O liríope, a tilândsia e a trapeiraba-roxa também são ótimas opções.

A meia-sombra oferece mais possibilidades: antúrio, asplênio, babosa-de-pau, barba-de-serpente, bromélia, columeia-peixinho, chifre-de-veado, chuva-de-ouro, dedo-de-moça, dinheiro-em-penca, falenópsis, flor-batom, flor-de-maio, liríope, peperômia, rabo-de-gato, ripsális, renda-portuguesa, samambaia, singônio e vriésia.

Sem contar, é claro, os temperos e ervas aromáticas que você pode incluir se a intenção for, além de decorar, obter ingredientes frescos para preparar pratos muito mais saborosos!

3. Planejar

Se você já sabe onde ficará o jardim e quais plantas farão parte dele, é hora de planejá-lo e definir o material que será utilizado. Lembre-se de incluir no projeto – que pode ser simples, apenas para guiar a montagem – quantas mudas de cada planta serão utilizadas, quais podem dividir o mesmo suporte e quais precisam ficar sozinhas para crescer adequadamente.

 

4. Decidir o material

Para o passo seguinte, as possibilidades são inúmeras. Se a intenção é cobrir toda a parede, utilizar alturas inacessíveis ou criar um desenho mais complexo – como, por exemplo, uma mandala de suculentas –, o mais adequado é chamar um arquiteto ou paisagista de sua confiança. Ele saberá indicar o tipo de material e orientar a montagem. Além disso, existem modelos específicos para essa finalidade que requerem a orientação de um profissional. É o caso dos blocos pré-moldados e da técnica Wall Green.
Se quiser apenas cobrir a parede, é possível criar suportes individuais para encaixar vasos meia-lua de barro, vasos de alumínio coloridos, estruturas de cerâmica, placas de fibra de coco e até suportes adaptados de canos de PVC ou garrafas pet. Na maior parte dos casos, como não são muito pesados, eles podem ser fixados com treliças de bambu, treliças metálicas e cordas se você quiser um modelo pendente. Para um jardim fixo, os vasos podem receber suportes de treliças de metal, alumínio, telas de alambrado, grades resistentes ou, em alguns casos, apenas ganchos são suficientes.

 

ATENÇÃO: Independentemente do modelo escolhido, é essencial considerar o sistema de irrigação e drenagem na hora da montagem. Jardins verticais precisam ser mantidos com ainda mais cuidado que os jardins normais, já que erros na manutenção podem causar mau cheiro e amarelar, murchar ou apodrecer as folhas, acabando com o visual do ambiente.

COMO CUIDAR DE UM JARDIM VERTICAL

Apesar de cada espécie ter necessidades específicas, existem algumas regras básicas para manter o jardim vertical saudável. Além de respeitar o tipo de clima e iluminação e a quantidade de vento, garanta que cada suporte tenha um furo para drenar o excesso de água. Com frequência, coloque o dedo na terra: ela não pode estar nem úmida demais, nem seca.

Além disso, a adubação também precisa ser mantida. No verão, é melhor utilizar a adubação química de NPK, de acordo com as especificações do fabricante. No inverno, é melhor optar por adubos orgânicos.